Fechar
Região

Incêndio em colchão resulta em morte de preso na Penitenciária de Flórida Paulista

20 de Janeiro de 2023

17h07

Fonte: G1 Presidente Prudente

Um preso, de 33 anos, morreu em decorrência de um incêndio em um colchão dentro da cela onde ele cumpria pena, na manhã desta sexta-feira (20), na Penitenciária de Flórida Paulista (SP).

Um outro preso, de 31 anos, que estava no mesmo local, também foi vítima do incêndio, mas conseguiu sobreviver e foi encaminhado à Santa Casa de Misericórdia de Adamantina (SP), onde permaneceu sob cuidados médicos.

O delegado responsável pelas investigações sobre o caso, Hilton Testi Renz, contou ao g1 que no início da manhã os policiais penais que trabalham na penitenciária entregaram o café da manhã para os presos do setor disciplinar e não identificaram nenhuma anormalidade naquele local.

No entanto, pouco tempo depois, começou uma gritaria entre os presos para alertar os agentes de que havia fogo em uma das celas.

Os funcionários do presídio prestaram os primeiros socorros aos dois detentos, que estavam sozinhos na mesma cela e foram encaminhados à Santa Casa de Misericórdia de Flórida Paulista para receber atendimento médico.

Ambos estavam desacordados quando os agentes chegaram à cela para socorrê-los.

O homem de 33 anos, que cumpria pena por tráfico de droga, não resistiu e faleceu.

Já o homem de 31 anos, que cumpre pena pelos crimes de tráfico de droga e receptação, foi transferido em estado consciente para o hospital da cidade vizinha de Adamantina. Segundo a Polícia Civil, ele ainda reclamava de dificuldades para respirar.

O delegado Hilton Testi Renz explicou ao g1 que instaurou inquérito policial para investigar o caso e irá aguardar as conclusões dos laudos do Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de Criminalística (IC), além de ouvir os depoimentos de presos e funcionários da penitenciária, para esclarecer o que houve no local.

Através do laudo necroscópico feito na vítima, a Polícia Civil espera identificar a causa da morte do detento.

Preliminarmente, Renz salientou ao g1 que a suspeita é de que a morte tenha sido provocada pela inalação da fumaça preta altamente tóxica decorrente do incêndio no colchão pela vítima, que até tinha sinais de queimaduras pelo corpo, mas que a polícia não considera determinantes para tirar a vida daquele homem.

Depois de recobrar a consciência, o preso sobrevivente contou à polícia que, após receber o café da manhã na cela, foi tomar banho e percebeu que havia fumaça no local. Ele ainda disse que colocou uma toalha molhada no rosto para se proteger do incêndio.

Ao todo, o Pavilhão Disciplinar da Penitenciária de Flórida Paulista contava com sete presos em um espaço que é destinado ao isolamento temporário de detentos envolvidos em faltas disciplinares.

Conforme os dados atualizados nesta quinta-feira (19) pela Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SP), toda a unidade de Flórida Paulista possui 1.226 presos, embora tenha capacidade para abrigar 844.