09h08
Por Teresa Godoy
O Brasil integrará a lista dos 10 maiores consumidores de ovos do mundo este ano. A informação foi dada pelo executivo Ricardo Santin, presidente da ABPA, em coletiva à imprensa realizada na manhã deste dia 20 de agosto, diretamente de São Paulo (SP). Na ocasião, Santin também informou o crescimento no consumo entre 2024 e 2025. Segundo projeções da ABPA, saímos de 269 ovos per capita no ano passado para 288 ovos per capita neste ano.
O aumento do consumo de ovos no país colocou o Brasil no grupo dos grandes campeões tradicionais, a China e o México, figurando em uma sétima posição nesse ranking. “O forte do consumo posicionará o Brasil ao final de 2025, pela primeira vez, entre os 10 maiores consumidores per capita de ovos do planeta. A projeção de forte expansão do consumo deve seguir em 2026, ampliando a presença da proteína como base de segurança alimentar do país”, disse Santin aos jornalistas presentes e on line.
Para 2026, a ABPA estima que possamos chegar a 306 ovos per capita, o que representaria mais uma grande vitória da Associação Brasileira de Proteína Animal, e, em especial, do Instituto Ovos Brasil, entidade criada exatamente para trabalhar o marketing do ovo com campanhas que estimulam o consumo através de ações de educação e informação sobre a proteína, sempre destacando sua importância nutricional para pessoas de todas as idades.
A produção de ovos também cresceu no período entre 2024 e 2025, conforme projeção da ABPA, que foi de 57,683 bilhões de unidades no ano passado para até 62,000 bilhões neste ano, uma variação de 7,5%. Para 2026, a estimativa é alcançar 65 bilhões de unidades.
Na exportação, o Brasil projeta 116,6% de aumento, saindo de 18.469 toneladas em 2024 para até 40.000, lembrando que esse aumento é saldo do atendimento à demanda dos Estados Unidos, impactado pela escassez do produto no mercado norte-americano por conta da influenza aviária.
Santin comentou que no cenário internacional, as empresas ainda avaliam os efeitos do Tarifaço nas exportações, “porém, já com a expectativa da reabertura de mercados altamente demandantes da proteína brasileira, como é o caso do Chile, mantendo expectativa de recorde de exportações neste ano”, avaliou.
Diante do tarifaço imposto pelo presidente norte-americano Donald Trump, o cenário fica incerto. A estimativa para 2026, segundo a ABPA, é que o volume cresça até 12,5% no ano que vem, representando até 45.000 toneladas do produto.
Ricardo Santin abriu o encontro com os jornalistas destacando um primeiro semestre com muitos desafios para o Brasil, período em que figuram a chegada da influenza aviária em aves comerciais, os embargos dos países importadores e o tarifaço de 50% impostos pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros que entram no mercado norte-americano. “Mas estamos indo muito bem, diante desses desafios", considerou o líder. “O Brasil deve registrar desempenhos positivos em produção e exportações de proteína animal”, concluiu.
(A Hora do Ovo Foto: divulgação ABPA)