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Bastos

Presidente da Acib fala sobre valor de R$ 1,7 trilhão pago em impostos no Brasil

14 de Setembro de 2019

10h13

Fonte: Eficaz Comunicação Empresarial

Com o início do segundo semestre do ano e com a expectativa de melhoras no volume de vendas no comércio em geral, a quantidade de impostos pagos pelo empresariado também é proporcional. De acordo com o presidente da Associação Comercial e Industrial de Bastos, José Claudio Caldeira o valor de quase R$ 3 trilhões deverá chegar próximo este ano. “Já estamos próximos aos R$ 2 trilhões”, falou o dirigente bastense ao tomar conhecimento do valor de R$ 1,7 trilhão alcançados na última terça-feira, dia 10, apontado pelo “impostômetro”, que marca o montante, que corresponde ao total de impostos, taxas, multas e contribuições pagas desde o primeiro dia do ano à União, aos estados e aos municípios, atingido com 14 dias de antecedência em relação a 2018. “Este placar eletrônico sinaliza muito bem a quantidade de impostos pagos e mal empregados diante da população”, lamentou o dirigente da associação comercial ao verificar a qualidade do serviço público em geral.

Essa antecipação reflete o nível de atividade econômica mais a inflação do período, segundo Marcel Solimeo, economista da Associação Comercial de São Paulo, criadora do placar eletrônico que sinaliza em tempo real a quantidade de imposto paga de forma imediata. “Essa antecipação é influenciada pelos produtos com maior crescimento nas vendas, que têm tributação mais alta. Como é o caso de veículos, que ajudaram a aumentar a arrecadação", disse o especialista paulistano ao analisar os motivos de se atingir o valor de forma antecipada. Perguntado se a Reforma Tributária, que está em discussão na Câmara e no Senado, ajudaria a reverter esse quadro, o economista diz que, num primeiro momento, a preocupação será mais com a simplificação do sistema do que com a redução da carga tributária. “O ideal, porém, seria adotar simultaneamente medidas tanto para reduzir os gastos como, para num futuro próximo, reduzir também essa carga - muito alta para o nível de renda que o país tem”, falou o economista paulistano.

O Impostômetro foi implantado em 2005 pela ACSP para conscientizar os brasileiros sobre a alta carga tributária e incentivá-los a cobrar os governos por serviços públicos de mais qualidade. Ele está localizado na sede da ACSP, na Rua Boa Vista, centro da capital paulista, mas outros municípios e capitais se espelharam na iniciativa e instalaram seus painéis. No www.impostometro.com.br, é possível acessar diversas informações tributárias e entender mais sobre o assunto. “Somente a cidade de Bastos já arrecadou, R$ 3,7 milhões, de acordo com o placar eletrônico”, pontuou o presidente da associação comercial ao verificar que somente o Estado de São Paulo é responsável por 37,3% da arrecadação de impostos do País. “O segundo Estado de maior arrecadação é o Rio de Janeiro com 13,7%”, comparou o presidente da associação comercial ao mostrar a diferente entre os paulistas.

Um detalhe que chamou a atenção de José Claudio Caldeira nos dados apresentados pelo Impostômetro, é que nos anos de 2016, 2017 e 2018 o brasileiro precisou de 153 dias do ano para pagar impostos. “São muitos dias de trabalho para destinar boa parte da renda para o Governo”, lamentou o dirigente ao defender a reforma tributária urgente. “Não tenho dúvidas de que após a aprovação da Reforma da Previdência, o Governo deve agir para a aprovação de um ampla Reforma Tributária”, defendeu o presidente da associação comercial.