O bastense Vinícius Gallo (esquerda) e seu amigo de turma Marcial Volk (direita)
08h59
Redação Bastos Já
O jovem Vinícius Gallo, 22 anos, que cursa Engenharia Mecâtronica (curso voltado para automação e robótica) na Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens), e seu companheiro de turma Marcial Volk, 20 anos, venceram a etapa brasileira do concurso de robótica “Robô Bombeiro”. Está é a segunda vez que acontece a etapa brasileira na Facens de Sorocaba (SP). O concurso “Robô Bombeiro” é realizado há 17 anos pelo Instituto Politécnico da Guarda (IPG), em Portugal. A além de uma premiação em dinheiro (R$ 1.000,00 - divido entre os dois participantes), a vitória garantiu ao bastense e seu amigo vaga na equipe de robótica OMEGABOTZ da Facens, que disputará em 2020 o concurso internacional “Robô Bombeiro” no IPG, em Portugal.
“A equipe de robótica OMEGABOTZ da Facens tem vários modelos de robô e seus integrantes competem, com patrocínio da faculdade, em diversas modalidades. Para integrar essa equipe, o aluno tem que fazer uma prova em inglês e ser aprovado, más eu e meu amigo garantimos nossa vaga após termos sido campeões no concurso realizado na Facens”, ressaltou o jovem bastense Vinícius Gallo, acrescentando que a primeira etapa brasileira do concurso foi realizada em 2018 “graças ao esforço de um professor da faculdade de Sorocaba, que visitou o IPG em Portugal e conseguiu trazer o Robô Bombeiro para nossa instituição. Esta foi a minha primeira participação e coroada com a vitória”.
O estudante explicou que a competição, que tem participação livre para todos os alunos da faculdade, reuniu 7 equipes - com uma média de 4 integrantes cada. “A competição funciona da seguinte forma: temos uma arena, montada meses antes do evento, que simula uma residência com 4 cômodos. O robô parte de um ponto fixo e anda pela casa procurando onde está o fogo, que é uma vela acesa. Quando encontra o ponto onde está o incêndio, o robô tem que ir até o local, apagar o fogo e retornar ao ponto de partida. A equipe que conseguir cumprir esse percurso em menor tempo é a vencedora. Para dificultar a disputa, é feito um sorteio para definir uma posição diferente da vela na casa para cada competidor”.
Vinícius Gallo contou que neste ano a Facens conseguiu trazer para o Brasil o professor Dr. Carlos Carreto, coordenador do curso de Mecâtronica do IPG e também da competição “Robô Bombeiro” realizada em Portugal. “Esse professor ministrou um curso de programação de uma semana, oferecendo para nós uma boa base sobre o funcionamento de um robô”. O estudante relatou que “o hardware, que envolve toda a parte eletro-eletrônica do sistema do robô que usamos na competição brasileira, foi desenvolvido pela Faculdade. Porém, cada equipe teve que desenvolver sua própria programação, que é a inteligência do robô, para disputar o concurso”.
Depois de informar que, devido ao alto custo para montagem, foi utilizado um robô padrão por todas as equipes participantes da competição, o jovem bastense fez questão de explicar que a programação é parte mais importante do robô. “Se o robô não for programado corretamente, ele servirá apenas como um enfeite. É na programação que controlamos 10 sensores, 1 câmera térmica, 2 botões, 3 LEDs e três motores, fazendo várias lógicas para que o robô utilize todos os sensores juntos. Esse robô é autônomo. Ele é posicionado na arena e os competidores só apertam o botão para iniciar a missão. Depois, o robô tem que fazer tudo sozinho, tomando suas próprias decisões durante a competição”, concluiu Vinícius Gallo.