09h58

Redação Bastos Já

No início da noite da quarta-feira, dia 12, a cabo Cristina e o cabo Aoqui, do 3º Pelotão da Polícia Militar de Bastos, resgataram uma cachorrinha que foi vítima de maus-tratos e estava abandonado na obra de construção de uma creche localizada na entrada do Conjunto Habitacional Residencial Massaharu Matsubara (Bastos H). Devido a situação de muita vulnerabilidade e estado de saúde grave, com anemia, muitas larvas e suspeita de infecção no útero, a cachorrinha foi conduzida para uma clínica veterinária particular em Bastos, onde esta recebendo tratamento e fazendo vários exames e cujo custo, que será muito alto, esta sob a responsabilidade da cabo Cristina. Devido o alto valor do tratamento, pede-se que as pessoas ajudem através de doação de qualquer valor pelo PIX 20446218863 (Maria Cristina Luz).

A policial militar cabo Cristina informou que tomou conhecimento do fato após ver uma postagem no Facebook por volta das 17h40 do último dia 12. “Logo depois de ver a postagem, as fotos e onde estava a cachorrinha, eu chamei o soldado Aoqui e fomos até o local e, devido a situação dela (pet) ser muito grave, acionamos a viatura da clinica veterinária, onde foi constatada uma anemia muito severa e, como o estado de saúde era muito grave, não foi possível fazer uma transfusão de sangue naquele exato momento. Eram tantas larvas que não tinha mais fim. Quando ela chegou na clinica já feita medicação e no dia seguinte a veterinária informou que ainda estava caindo larvas. Além de mais medicação para larvas, vitamina B12 e anti-inflamatórios, esta sendo feito vários exames para verificar a infecção e outros problemas de saúde, e tratamentos diversos”.

Ainda conforme a policial militar, a cachorrinha esta recebendo alimentação desde o momento que chegou na clinica e passando por tratamento muito delicado para ser estabilizada. “A situação dela é tão grave que não houve como a veterinária fazer um tratamento com urgência, precisa ser passo a passo. Estamos torcendo para ela se recuperar”, pontuou a cabo Cristina, revelando também que: “Acredito que esta cachorrinha seja de algum morador que abandonou ali por perto, pois na situação que estava ela não conseguia andar uma distância muito longa. É uma situação muito lamentável. Quando eu vi ela naquele sofrimento e numa situação tão grave, mesmo sabendo que seria um tratamento muito caro, chamei a veterinária. Hoje a cachorrinha esta bem cuidada, sem dor e sendo alimentada. Esta maldade humana foi de alguém de Bastos, mas isso Deus vai se encarregar. Agora preciso de ajuda para pagar a conta do tratamento dela, por favor”, solicitou.

Crime

O site do Governo Federal, alerta que maltratar animais é crime no Brasil, conforme a Lei nº 9.605/1998, a qual prevê sanções penais e administrativas, com penas que variam de três meses a um ano de detenção, além de multa. Para maus-tratos a cães e gatos, a Lei nº 14.064/2020 aumenta a pena para reclusão de dois a cinco anos. A Resolução CFMV nº 1236/2018 define crueldade, abuso e maus-tratos, destacando a responsabilidade de veterinários e zootecnistas em identificar e denunciar esses atos, e inclui orientações sobre práticas como eutanásia e transporte de animais, sempre visando minimizar o sofrimento.

A página do Governo Federal ressalta ainda que a Teoria do Elo estabelece uma conexão entre a violência contra animais e contra humanos. Estudos mostram que pessoas que cometem crueldade contra animais têm maior probabilidade de praticar crimes violentos, como abuso infantil e violência doméstica. No Brasil, 71% dos agressores de animais também cometem crimes contra humanos. Este dado destaca a importância de combater a crueldade animal como uma estratégia de prevenção à violência mais ampla na sociedade. Ao denunciar maus-tratos não protegemos apenas os mais vulneráveis, mas também ajudamos a prevenir a violência contra humanos. Sua ação pode salvar vidas. Denuncie!

Saiba como denunciar

O site orienta que: “Caso você presencie maus-tratos a animais de qualquer espécie – sejam domésticos, domesticados, silvestres ou exóticos, dirija-se à Delegacia de Polícia mais próxima para registrar um boletim de ocorrência (BO) ou compareça à Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, no Ministério Público. A denúncia de maus-tratos é respaldada pelo Art. 32 da Lei Federal nº 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais), e pelo Art. 225 da Constituição Federal Brasileira, de 1988. A autoridade policial tem a obrigação de receber a denúncia e registrar o boletim de ocorrência”.